O Mali concluiu oficialmente sua independência da França ao revogar os 11 acordos coloniais que haviam sido impostos a vários países africanos desde 1960. Esses acordos abrangem várias áreas:
1. Reembolso da Dívida Colonial: Países recém-independentes eram obrigados a pagar pela infraestrutura construída pela França durante a colonização.
2. Reservas Financeiras Nacionais: Países africanos eram forçados a depositar suas reservas financeiras no Banque de France, controladas pelo governo francês.
3. Direito de Primeira Recusa: A França tinha prioridade na compra de recursos naturais dos países africanos.
4. Prioridade para Empresas Francesas: Empresas francesas tinham prioridade em contratos públicos e licitações, mesmo que outras opções fossem mais vantajosas.
5. Treinamento Militar e Fornecimento de Equipamento: A França tinha controle sobre o treinamento militar e o suprimento de equipamento militar para as nações africanas.
6. Intervenção Militar Francesa: A França tinha o direito de intervir militarmente nos países africanos para proteger seus próprios interesses.
7. Uso do Francês: Os países eram obrigados a adotar o francês como língua oficial e de ensino, promovendo a cultura francesa.
8. Uso do Franco CFA: As nações colonizadas eram obrigadas a utilizar a moeda Franco CFA.
9. Relatórios Anuais: Os países deviam enviar relatórios financeiros anuais à França.
10. Restrições de Alianças Militares: Os países não podiam formar alianças militares sem autorização da França.
11. Aliança Militar com a França: Os países africanos eram obrigados a se aliar à França em caso de guerra ou crise global.
Esses acordos mantiveram uma influência significativa da França sobre as nações africanas, limitando sua soberania econômica e política. A revogação desses acordos pelo Mali marca um passo importante em direção à independência plena das antigas colônias africanas em relação à França.